Descrição

O nome “Ebionitas” pouco ou nada significa para a maioria das pessoas, incluindo mesmo aquelas que se interessam por religiões. Normalmente, aliás, a maioria desconhece o termo e não tem ideia a que se refere; não espera, portanto, que aluda a qualquer coisa de relevante. Este desconhecimento é perfeitamente natural e compreensível. Com efeito, são ainda escassas e episódicas as referências ao Ebionismo.
A verdade, porém, é que os Ebionitas foram sobremaneira importantes na génese do que hoje designamos Cristianismo, por espantoso que pareça – e, desde logo, para os que se declaram seguidores de Jesus. Considerados heréticos a partir do século II e, definitivamente no século IV, caiu sobre os Ebionitas um manto de silêncio por quase dois milénios. Só ao longo dos últimos 100-150 anos, em especial, é que se voltou progressivamente a falar um pouco mais acerca desse grupo. Apesar disso, a cultura oficial permanece política e institucionalmente “correcta”, obedecendo aos padrões do que “se pode” ou “não pode” pensar para manter as conveniências, e persiste em atribuir-lhes escassa importância. Por isso, é ainda bastante difícil, embora fosse ainda mais desejável, ponderar as origens do Cristianismo sem os preconcebidos, questionáveis, de apenas uma das versões dos acontecimentos, esmagadas que foram as outras, atiradas para o campo da heresia e, mais até, do odioso ou do ridículo.

Editado em 2019
Formato: 215 x 155mm
164 páginas
11 €
ISBN: 978-972-8463-77-8